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A lei do empoderamento (dos outros)

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Antes de ler este tópico, sugiro que leia As três alegrias. Será oportuno, ainda, ler o tópico “Obediência”, do livro A boa parte, p. 237, onde destaco a frase: “É vergonhoso que nossa motivação para trabalhar nos projetos que levam o nosso nome seja exageradamente maior do que aquela que nos leva a trabalhar em projetos de uma equipe”.

Quando Marta tentou forçar Jesus para que mandasse Maria ajudá-la nos serviços domésticos, ela estava humilhando a irmã. Maria deve ter se encolhido de vergonha. Acontece que Jesus não seguiu no jogo de Marta. Pelo contrário, ele empoderou Maria: “Ela escolheu a boa parte”, disse ele em voz alta para que Maria também ouvisse. Um pequeno silêncio dominou a sala e Maria se alegrou com a dádiva recebida.

Antes de realizar e conquistar, nossa vocação é empoderar outros, fazer outros fortes. Gosto muito de ouvir Give Thanks, de Henry Smith, especialmente o trecho: “Diga o fraco: eu sou forte”. Imagino Jesus Cristo fazendo isso todo o tempo, e ainda me estimulando a fazer o mesmo com os outros.

Empodero as pessoas quando fortaleço o fraco, estimulo o desanimado, valorizo as boas práticas e escolhas dos meus filhos, alunos e amigos. Empodero as pessoas, não apresentado-as aos importantes e famosos deste mundo, mas quando as apresento ao próprio Poder, em oração. Empodero pessoas quando as capacito para serem o que vieram a ser neste mundo, quando colaboro para que se tornem bons discípulos de Jesus, não discípulos meus. Empodero pessoas quando meu discurso é positivo e assertivo, quando falo, escrevo e compartilho “apenas a que for útil para edificar os outros” (Efésios 4.29)

Como é incrível a lei do empoderamento dos outros! Em 2001, eu li Retorno à Santidade, do Dr. Gregory Frizzell. Coloquei no meu coração divulgar os livros dele no Brasil. Em vinte anos, cerca de 700 mil livros deste humilde servo de Deus foram vendidos no Brasil. Eu não conseguiria isso, mesmo que escrevesse um livro equivalente e empregasse a mesma energia na divulgação. Quando eu trabalho para mim mesmo, eu posso conseguir muito, mas quando eu trabalho, especialmente “atrás das cortinas”, para empoderar os outros, eu consigo muito mais. Esta é a lei do empoderamento, que eu poderia chamar também de “a lei de João Batista”: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30). E aqui, o reino da boa parte prevalece, porque empodera os servos, enquanto o reino das trevas empodera os egoístas.

A verdade é que temos e ensinamos os outros a terem um projeto de poder. Mas, quem acabou se tornando o maior de todos os nascidos de mulher foi João Batista, exatamente aquele que entendeu que vocação era falar do outro e não de si mesmo. “Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10.42-45).

Juracy Bahia

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