Tenho um interesse muito especial naqueles três irmãos de Betânia: Marta, Maria e Lázaro. Até mesmo escrevi um livro sobre eles, chama-se “A Boa Parte” (Juracy Bahia/AAMP, 2020). Nessas últimas semanas, tenho pensado em um outro tópico, que acaba, de alguma forma, correlacionando-se com o livro “A Boa Parte”. Nesse período de eleição, temos visto alguns crentes falando e postando muitas coisas que, por vezes, nos deixam incomodados. Foi com essa motivação que escrevi um texto intitulado “O espírito de Judas” (https://aboaparte.com/?p=487). Seguindo esse mesmo raciocínio, eu volto para Marta, onde tudo começou, e percebo que existe, também, um espírito de Marta. Em termos comparativos, no caso em que vamos estudar, o espírito de Judas é, na verdade, uma ampliação do espírito de Marta.
Há um Judas dentro de nós, que precisa “ser enforcado” todos os dias. Há um sabotador, um traidor, dentro de cada um de nós, que ama a Jesus, mas que se relaciona com o mundo, com a carne, com o diabo. Mas, antes do espírito de Judas, há o espírito de Marta, que é ainda mais comum, mais infante. O espírito de Judas é mais avançado, porque tem também corrupção (e aí, talvez, você não tenha chegado a esse ponto em sua vida), rebeldia, desejo de acreditar em um outro governo que não o de Cristo e, ainda, incorrigibilidade – a incapacidade de corrigir-se ou aceitar que Cristo possa corrigir você. Isso você não vai encontrar em Marta. Antes dessas características que vemos em Judas, encontramos em Marta outras cinco características. Nesse texto, vamos nos debruçar sobre o que é esse espírito de Marta.
Eu estou seguro de que, dentro de mim, há um espírito de Marta, que precisa ser trabalhado diariamente. Quando cantamos “Vem, Espírito, quero mais do Teu poder, enche minha vida”, estamos clamando pelo Espírito Santo, a quem nós queremos entregar todo o domínio das nossas vidas. Porém, muitas vezes, quem realmente domina a nossa rotina não é o Espírito Santo, e sim, o espírito de Marta.
Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude! “
Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas;
todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.
(Lucas 10:40-42)
No nosso meio, é comum a gente “bater muito” em Marta. Vamos fazer isso, de certa forma, mas apenas nessas características de Marta que existem dentro de nós. Não podemos começar a fazer essas reflexões sem antes lembrar que “Jesus amava Marta” (João 11:5). Ele também ama a mim e a você, e não nos descarta quando manifestamos esse espírito. Ele continua nos amando, nos moldando e nos corrigindo. O que Jesus faz com Marta é tratá-la, corrigi-la, amadurecê-la.
Em Antioquia, os discípulos foram chamados, pela primeira vez, de cristãos, o que significa “pequenos Cristos”. Quando nos identificamos ou somos chamados de “cristãos”, quer dizer que há um pequeno Cristo dentro de nós. Mas há também um pequeno anticristo – um sabotador contra quem nós lutamos diariamente.
Jesus estava na casa de Marta, assim como está nas nossas casas. Passando Jesus numa vila chamada Betânia, Marta o convidou para entrar em sua casa. É muito interessante notar que são mencionados os três irmãos – Marta, Maria e Lázaro – mas o texto diz que Marta convidou Jesus para a sua casa. Ou seja, a casa era dela. Isso já nos apresenta um possível conflito de domínio: quem é que manda dentro de mim? Eu sou o dono da minha própria casa?
O que vemos nesses três versículos de Lucas 10? Primeiramente, há uma certa característica de murmuração. Esse é um aspecto muito comum no nosso meio. Nós ficamos insatisfeitos com a realidade, com a rotina. Trato desse tema no livro em um tópico sobre gratidão, quando mostro que há uma disfunção em nós nesse sentido.
Há poucos dias conversava com a Cristina, minha esposa, sobre esse espírito tão comum em nós, que sempre acha que as coisas estão ruins. Falávamos sobre uma pessoa conhecida, que estava chateada com a vida, e eu disse: “Meu Deus do céu, como é que essa pessoa pode estar tão triste! Tem tantos privilégios, tantos recursos, tantas oportunidades! Mas um detalhezinho é capaz de tirá-la da graça”. Percebi, então, que também sou assim. Não sei você, mas eu, por muito pouco, saio da graça. Jesus estava na casa de Marta, era um dia de grande celebração. Você poderia imaginar um dia mais feliz do que esse? Já imaginou se Jesus, em carne e osso, estivesse na sua casa, ensinando para sua família e amigos? Mas Marta conseguiu, naquele ambiente cheio de graça, achar alguma coisa errada. Assim, ela desencoraja o ambiente, deixando de aproveitar a graça abundante no mesmo.
Quando pensamos no Antigo Testamento, lembramos de todas aquelas murmurações entre o povo de Israel. Deus ordenou que Moisés pedisse ao Faraó que libertasse o povo do Egito. Conhecemos o desenrolar da história: o Senhor endurece o coração de Faraó e a situação piora, porque os recursos para a construção de tijolos ficaram escassos, a rotina de trabalho mais difícil, então o que o povo diz? “Ah, esse Moisés… Tudo culpa dele! Agora está tudo pior! Quem foi que mandou ele inventar esta coisa de sair do Egito?”. O povo, então, murmura. Algumas poucas pessoas são suficientes para conduzir todo o povo à murmuração. Essa é uma das características do que chamamos de espírito de Marta: tirar a graça do ambiente. Falo de mim mesmo, mas você possivelmente pode se identificar também. Temos saúde, não estamos passando fome nem frio e, ainda assim, “está tudo errado”. Parece que somos versões de “Os Caça-Fantasmas”, só que “Os Caça-Defeitos”: “Ah, olha aqui, achei um defeito!”. Procuramos qualquer coisa que possa estar errada e azedamos o ambiente. Um espírito negativo, que deixa de celebrar a graça da vida. É verdade que, se por um lado, posso me abater com facilidade, por outro lado, posso dar um testemunho: sou uma pessoa agradecida. Uma das frases que mais gosto é: “Muito pouco é necessário para ser feliz”. Consigo estar satisfeito e agradecido a Deus em cada mínima situação. Você conseguirá achar motivo para louvar ao Senhor, mesmo nas pequeninas coisas, se o espírito de Marta não estiver dominando sua mente e seu coração. Deixe o Espírito Santo guiar a sua sede pela vida e encher você de gratidão. Encha-se de gratidão e peça a Deus que te torne cada vez mais grato. “Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. Não apaguem o Espírito.” (1 Tessalonicenses 5:18,19). Esse é o contrário da murmuração, que diz: “em tudo encontrem um erro”.
Em segundo lugar, também há demagogia. Você pode estar se perguntando: “Demagogia? Onde, pastor?”. Fico imaginando que Marta, ao interromper Jesus, ao envolver Jesus naquele assunto, poderia estar querendo “sair bem na foto”. Essa é uma coisa que recai sobre nós com muita frequência: nós gostamos de nos justificar, de fazer com que as pessoas entendam o nosso lado, de mostrar que fazemos muito. “Estou fazendo o bastante, já dei minha contribuição! O que preciso fazer mais?”. Na igreja, podemos pensar ainda: “Chego sempre cedo, organizo os instrumentos, arrumo o som, faço parte do louvor… Não preciso de mais nada!”. Me pergunto quanto do que eu faço é para investir na minha própria imagem, em como os outros me vêem. Temos essa necessidade constante de nos justificarmos a nós mesmos. Por que não podemos fazer nosso trabalho sem buscar aprovação das pessoas? “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço?”. Olha só! É como se ela dissesse: “Você não vê que eu estou trabalhando mais do que todo mundo?”. Muitas dessas ações são para mostrar serviço, esforço próprio. Entendemos, segundo a Bíblia, que precisamos agradar a Deus e buscar somente a Sua aprovação. Isso é muito difícil! É muito difícil viver motivado exclusivamente para agradar a Deus. É impressionante como o vírus da necessidade de aprovação dos outros se instala dentro de nós. Como pastor, eu não tenho que pregar para agradar os membros da minha igreja. Um músico não tem que tocar e cantar no louvor para te agradar. Muitas vezes, para “ficar bem na foto”, eu acabo prejudicando o outro, colocando-me em comparação, dizendo: “Eu trabalho mais que meu irmão”. Quero me livrar disso. Quero olhar pra Jesus e, se eu conseguir agradá-lo, isso é tudo de que preciso.
Jesus fala sobre o que mais importa. Maria escolheu exatamente essa parte: ela não estava preocupada em investir em sua própria imagem. E, meu irmão leitor, minha irmã leitora, nesses tempos de Internet, é impressionante como estamos querendo curtidas, compartilhamentos, engajamentos em tudo o que postamos. Digo isso por mim mesmo: quando posto algo no Facebook, fico atualizando para ver quantos já curtiram. Ora, estudei e trabalhei durante minha vida toda, lutei muito, cuidei de pessoas, aí aparece um rapaz lá, que não fala coisa com coisa, posta uma abobrinha qualquer e ganha milhões de visualizações e curtidas. Eu posto algo interessante e recebo 18. Que infantilidade! Isso é imaturidade. Não dá para concorrer nesse campo. Eu não consigo agradar os homens, e nem devo ter essa ambição, porque não dá certo, não funciona. Essa não deve ser a minha luta. O que eu preciso é manter meus olhos fixos em Jesus e buscar agradá-lo. Como isso é fácil! Maria estava lá, sentada aos pés de Jesus, ouvindo-o, e Ele disse: “Ela me agradou. Ela escolheu a boa parte”. Agradar ao Rei dos Reis é mais fácil do que agradar aos homens. Então, não quero para mim essa luta insana de conquistar admiração de todos, só para “ficar bem na foto”.
Encontramos, também, nesse espírito de Marta, uma disfunção crítica. O que é isso? É uma facilidade para perceber defeitos externos, alheios, e não internos, em si mesmo. O espírito de Marta acha, rápido e facilmente, o defeito no outro. Algo que tem me impressionado ultimamente é o debate político. Quando uma pessoa tem paixão por um candidato, é fácil encontrar problemas no outro. Se você está apegado a um lado, você imediatamente tende a ver o outro no erro.
Jesus estava ensinando na sala, para os discípulos, entre os quais estava Maria, ouvindo atentamente. Marta, rapidamente, procura – e encontra! – um defeito na atitude de Maria. É ou não é o seu caso, também? A característica de encontrar defeitos é dom de Deus – afinal, foi Ele quem nos deu essa capacidade crítica, para reconhecer erros e identificar onde podemos melhorar. Então, não devemos amaldiçoar a capacidade de achar erros. O desvio, porém, acontece quando eu encontro defeitos no outro mais facilmente do que em mim mesmo. Porque, se você é uma pessoa que possui essa característica, em quem o espírito crítico funciona de maneira saudável, você vê corretamente onde existem problemas. Não há impropriedade em detectar erros. A falta dessa habilidade é que leva o povo a ser enganado. Reconhecer erros nos outros é importante também para o autocrescimento. Posso dizer para mim mesmo: “isso eu não quero fazer”, “eu não quero ser assim”, “essa característica de ‘Fulano’ não espelha Jesus, então não devo imitá-la”
O problema é quando posso ver fácil e rapidamente o erro do outro, mas não os meus próprios erros. Nesse episódio, Marta vê rapidamente o erro em Maria, mas não em sua própria atitude. Foi preciso que o Espírito de Deus, através das palavras de Jesus, trabalhasse nisso, chamando a atenção para o seu problema. “Você está preocupada e inquieta com muitas coisas”, Ele disse. “Olhe para você! Você está vendo um erro no comportamento de Maria? Olhe o seu problema. Você tem uma área em que precisa trabalhar”.
Se você perguntar para o presidente da Coreia do Norte sobre o que ele pensa a respeito do próprio país, o que você acha que ele vai responder? “Aqui na Coreia do Norte, nós vivemos no paraíso! O Ocidente é que é um verdadeiro caos”. É possível entrar em uma disfunção assim, na qual todos ao redor estão errados, apenas você está certo. Perde-se a capacidade de analisar, avaliar e julgar corretamente.
Observe comigo: há algo em nossa natureza que tende a procurar problemas apenas nos outros, e não em nós mesmos. E quantas vezes o problema está realmente em nós? Esse é o grande problema do espírito de Marta: pensar que “o inferno são os outros” (frase do filósofo francês Jean-Paul Sartre). Já imaginou se fosse possível eliminar isso? Se conseguíssemos exercer a crítica de um modo saudável? Pode haver, também, o contrário – a pessoa que critica a si mesma de maneira exacerbada, o que pode acarretar em ansiedade, depressão, baixa autoestima e desvalorização pessoal. Isso também é doentio. Você precisa achar seus verdadeiros erros em seu próprio coração, nas suas próprias práticas, e também ser capaz de reconhecer o erro e a mentira no outro. Essa capacidade é muito importante para que haja um equilíbrio. A disfunção crítica acontece quando essa capacidade, que é um dom, está com defeito.
Materialismo é outra característica que faz parte desse espírito de Marta, quando se exalta o que é terreno e se desvaloriza o que é devocional. Eu tenho esse problema e, provavelmente, você também. Investimos mais no material do que no espiritual. Em nossa rotina, a nossa Marta interior tende a sufocar a Maria. Foi essa a base da advertência feita por Jesus naquela ocasião: não foi porque Marta estava arrumando a cozinha ou fazendo comida; Jesus não estava criticando isso. Jesus estava criticando a tentativa de Marta de prejudicar o devocional dos demais.
Já ouviu alguém dizer assim: “Ah, eu não estou tendo tempo para a igreja” ou “Estou sem tempo para ler a Bíblia e orar”? Por que toda essa falta de tempo? Será que estamos carregando demais no que é terreno, no aqui e agora, e causando prejuízo ao nosso tempo devocional? Estou chamando isso de materialismo: uma vida que é dedicada ao mundo terreno, aos interesses individuais. Nesse momento, nesse estado de espírito, o detalhe é muito importante. As pessoas brigam por causa de alguns centavos; dão mau testemunho enquanto esperam na fila do banco ou no trânsito. O espírito que domina nessas situações é terreno, que luta por coisas materiais, que disputa por mais do seu tempo. Consequentemente, o momento espiritual está sendo abafado, sufocado, inibido. Preciso voltar a pedir ao Senhor para que o Espírito Santo encha a minha vida e, então, que o devocional ocupe o seu devido lugar. O materialismo, a preocupação com as coisas terrenas, estava dominando o coração e a mente de Marta. A casa precisa ser arrumada, a comida tem que ser feita, mas a alma também precisa ser alimentada e a mente subordinada a Cristo. Esse equilíbrio precisa acontecer.
Por fim, a quinta característica desse espírito é a intolerância. É querer violar o tempo e os métodos de Deus. Não é chegar ao ponto da rebeldia, como aconteceu com Judas, mas deixar de confiar no comando, na direção e na soberania de Deus em cada coisa. É “colocar a mão na arca”, porque ela pode cair. Jesus está na sala da sua casa. Ele está no controle da sua família, da sua empresa, da sua vida. Mas você interrompe Jesus, como se dissesse: “Olha, você não está vendo tudo que está acontecendo aqui, não? Você não está controlando tudo, porque deixou a Maria ficar aí, enquanto eu estou aqui, trabalhando demais!”. E, dessa forma, você violenta a soberania da direção de Deus. Pedro corta a orelha do soldado. O que é isso? É atrevimento – ele havia entregado tudo nas mãos do Senhor, mas resolveu pegar de volta. Acontece o mesmo conosco. Sabe quando você tem um problema grave, difícil mesmo? Você decide orar e colocar nas mãos de Deus. Mas aí você mete a mão, para dar uma “ajudinha” a Deus, porque, aparentemente, Ele não está conseguindo controlar tudo direitinho, como você gostaria.
Imagine se, durante a pregação, você se levanta, interrompe o pastor e diz: “Ó pastor, você tá esquecendo disso aqui!”. Seria uma situação esquisita, não é mesmo? Marta fez isso, e não foi com o Pr. Juracy Bahia, foi com o próprio Senhor Jesus! Era ele quem estava em sua casa, ensinando. Marta não conseguiu esperar. Aqui está outro grande problema do povo de Israel, da igreja cristã, da minha vida e da sua vida: a incapacidade de esperar no tempo de Deus. Essa lição precisava ser aprendida por Marta. Algum tempo depois, o irmão de Marta e Maria, Lázaro, morre, e eles chamam Jesus para ajudá-las. Jesus foi? Claro. Foi imediatamente logo que recebeu a mensagem? Não. Naquele momento, Jesus estava trabalhando no coração de Marta e, nesse caso, também no de Maria, ensinando-as a confiar e a ter paciência. Quando Jesus finalmente volta para ressuscitar Lázaro, há um debate teológico à espera: “Disse Marta a Jesus: ‘Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires’. Disse-lhe Jesus: ‘O seu irmão vai ressuscitar’. Marta respondeu: ‘Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia’”(João 11:21-24). Ela tinha certo problema com o tempo de Deus. Você se identifica com isso? O relógio de Deus não anda sincronizado conforme o nosso relógio, e nós queremos que Ele, o Senhor do tempo, adeque o seu tempo a nós. Marta interrompeu Jesus. Quantas vezes eu mesmo já fiz isso? Quantas vezes eu já “cortei a orelha do soldado”? Quantas vezes eu reclamei que Jesus está demorando?
Postar na internet tem mexido muito comigo. Tenho pedido a Deus sabedoria para lidar melhor com o tempo, porque às vezes escrevo uma frase ou um artigo, e minha tendência é querer postar imediatamente. Mas sabe o que eu aprendi? Eu pego aquela frase ou artigo que escrevi, com toda inspiração, acreditando que ficou muito bom, e guardo na gaveta. Depois, vou dormir, converso com uma ou duas pessoas, peço a opinião de um bom amigo. Sabe o que acontece? Invariavelmente, eu modifico o que escrevi. Significa que, mesmo quando eu posto depois de consultar, questionar e orar, ainda pode melhorar, mas se eu tivesse postado antes, como estava, poderia ter compartilhado algo inadequado. Mas nós vivemos com urgência. Somos rápidos para falar demais, para agir, para questionar Deus. Esse é o espírito de Marta dentro de nós. É preciso lembrar que quem está no comando é Jesus. Ele é quem governa.
Li um livro, há uns 3 anos, que gostei muito, chamado “Como Deus se tornou Rei” (N.T. Wright, Editora Thomas Nelson Brasil), e a ideia é que Jesus está no comando de toda a Terra. Marta pensava que as coisas estavam fora de controle, mas Jesus nem sequer entrou na conversa, apenas advertiu-a de que ela estava preocupada com muitas outras coisas. “Mas uma coisa só é necessária”, diz Jesus. Ouvir a voz de Deus, discernir Sua palavra e obedecê-la. Você pode querer mudar o mundo mas, ouça: primeiro, Deus quer mudar você.
Oração: Nosso Deus e Pai, meditamos sobre as palavras que o Senhor disse a Marta. Sabemos que o Senhor ama sua serva Marta, e igualmente nos ama, também. O Senhor trabalhou na vida de Marta para que ela se tornasse mais amadurecida, para que o amor de Sua serva crescesse e para que ela se enchesse de sabedoria. Senhor, do mesmo modo, nos colocamos diante de Ti, enquanto estamos refletindo na Tua Palavra, pedindo para que o Teu Espírito molde mais e mais a nossa mente, o nosso coração e a nossa vida. Em nome de Jesus, amém.
Juracy Bahia
P.S.:
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Leia também “O espírito de Judas” https://aboaparte.com/?p=487
Maravilhoso!!!!!