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Meditação: sabedoria, culto e purificação

Conseguimos estragar quase tudo que Deus fez para o nosso benefício, inclusive a habilidade de meditar. Por outro lado, quem usa a meditação inadequadamente, para planejar o mal, por exemplo, faz-se um inimigo da vida. Ainda podemos distorcer o uso natural da meditação, tentando excluir dela o Criador, e caminhamos para a idolatria.

Não é extraordinário que o ser humano seja uma criatura que reflete? Se não refletimos, não somos seres humanos plenos. Alguns aproveitam este dom simplesmente para deleite ou para desenvolver saúde mental. Parece que os orientais estão mais evoluídos neste ponto. Meditação é aprender, é explorar, é buscar sabedoria. Os textos de sabedoria nos ensinam a fazer cálculos, examinar bem a realidade, não precipitar nas palavras e ações e a buscar sempre aprender mais: “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria “. (Eclesiastes 7:4).  A mensagem é óbvia: na casa de luto eu medito sobre a realidade da vida e da morte, enquanto na casa de festa eu me volto para o entretenimento, cujo propósito é exatamente me fazer deixar de pensar ou me distrair. Quem medita evita muitos males: “Laço é para o homem dizer precipitadamente: É santo; e, feitos os votos, então refletir” (provérbios 20.25).

Meditação é, também, uma forma de oferecer adoração, que inclui oração e leitura bíblica (Josué 1.8). Cultuar é recapitular, relatar e cantar o que Deus é e fez por nós. O Salmo 19 merece ser lido novamente, com destaque para o verso 14: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!”. Meditação como devocional corresponde a uma caminhada com Deus, conversando ou, mesmo, em silêncio. Não é significativo que a caminhada cristã começa com uma pergunta (profissão de fé)? Não é intrigante que o Senhor Jesus tenha feito tantas perguntas aos seus discípulos? Sim, o nosso Deus é um Deus de perguntas, um Deus que nos provoca a reflexão.

Por fim, a meditação equivale a ser transformado por Deus. É quando eu me exponho a Deus e ele opera em mim para me fazer mais parecido com Jesus. Normalmente, esta é uma experiência dolorida, como ocorre, por exemplo, no arrependimento verdadeiro. Paulo instrui os crentes: “examine-se, pois, cada um a si mesmo” (I Coríntios 11.17-34), ou seja, coloque o seu coração no banco do pensamento, converse com sua própria alma. O salmista orava dizendo: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos”. (Salmos 139:23). Não é significativo que Deus nos chame para o silêncio e, então, para o debate? (Isaías 41.1)

Em resumo, medite para relacionar-se melhor com a vida e com ou outros; medite para relacionar-se melhor com Deus e, também, medite para relacionar-se melhor com você mesmo.

Para reflexão:

1) No seu caso, qual prática é mais eficaz?

  • pedir a Deus que fale ao seu coração pela oração e Palavra
  • ficar muito tempo exposto à Palavra de Deus
  • fazer anotações durante sermões, orações e leituras bíblicas

2) Como podemos nos tornar mais sensíveis a impressões específicas de Deus?

3) Qual a relação entre o texto e  Romanos 12.2? (“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”)

Juracy Bahia

Leia ainda o tópico “O devocional reflete”, em A boa parte.

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